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O Rio Doce Vive

O RIO DOCE VIVE

Trabalho de mobilização para reparação e de busca por soluções inéditas está permitindo a retomada das condições da bacia do rio Doce

No dia 5 de novembro de 2015, Mariana (MG) foi cenário de um episódio que marcou a história. Com o rompimento da barragem de Fundão, 39,2 milhões de metros cúbicos de rejeitos atingiram o rio Gualaxo do Norte. No caminho para o rio Doce, 10 milhões de metros cúbicos desse material ficaram depositados no leito e nas margens de seus afluentes; outros 10 milhões de metros cúbicos ficaram retidos na barragem da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga). Foram 16 dias para a lama alcançar a foz, em Regência, no distrito de Linhares, no Espírito Santo. Ao longo dos cerca de 670 quilômetros do percurso, a onda de rejeitos mudou a rotina de 39 municípios e causou impactos sociais e ambientais por onde passou.

O rio Doce, um dos mais importantes cursos d’água do país, foi atingido na maior parte de sua extensão — 670 quilômetros do total de 853 quilômetros. O rompimento da estrutura e suas consequências mudaram a vida de comunidades, de pescadores, mudaram a rotina de cidades e distritos. Os danos provocados foram muito além do choque de ver a lama se deslocando pelo rio. Eles não estavam visíveis, foram sentidos profundamente.

Dados da Reparação

É direito da sociedade acompanhar o processo de reparação e dever da Fundação Renova disponibilizar as informações de forma clara, objetiva e integrada. Aqui, você tem acesso aos resultados atualizados das principais frentes de ações executadas nos municípios atingidos.

  92  

pontos de monitoramento na bacia do rio Doce indicam que a água pode ser consumida após tratada

Mais de 3 milhões

de dados gerados por ano pelo programa de monitoramento

  13  

Estações de Tratamento de Água reformadas

  9  

sistemas de captação alternativa entregues

Mais de MIL nascentes

protegidas e em processo de restauração, de um total de 5 mil que serão recuperadas em dez anos

A partir desse desastre, começou um grande esforço que está se traduzindo em uma nova etapa para a bacia do rio Doce. O trabalho de reparação e de busca por soluções inéditas diante de um cenário desafiador é conduzido pela Fundação Renova e mobiliza dezenas de entidades, ONGs, universidades, técnicos e especialistas.

Se no período imediatamente posterior ao rompimento de Fundão, havia dúvidas sobre a real situação do rio e de seu futuro, hoje, a realidade mostra que o rio Doce vive uma recuperação transformadora. Um monitoramento robusto e moderno do curso d’água, o engajamento de comunidades e de proprietários rurais em ações de conservação ambiental, o emprego de tecnologias inovadoras, o investimento em projetos de saneamento ao longo de toda a bacia e um amplo mapeamento da biodiversidade são alguns dos passos que permitiram que se chegasse até aqui.

O RIO DOCE VIVE

Jornada pela recuperação

Conquistas importantes foram alcançadas nesse caminho da reparação, com marcos significativos para a retomada das condições da bacia do rio Doce. Clique nas cidades para conhecer as ações de reparação:

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